terça-feira, 30 de março de 2010

Síndrome da Desarmonia Corporal


Chamamos de Síndrome da Desarmonia Corporal o conjunto de alterações que afetam a harmonia corporal. Esta síndrome se caracteriza pelo aparecimento de:


→ Hidrolipodistrofia (celulite);
→ Estrias;
→ Gordura localizada;
→ Gordura regionalizada;
→ Flacidez muscular.


Diversos podem ser os fatores que influenciam no aparecimento de desarmonia corporal, tais como: má alimentação, falta de exercício físico, genética familiar, fatores hormonais, entre outros.



Temos dois tipos de estrutura corporal, ginóide e andróide, o que também influencia no aparecimento de desarmonia corporai. A ginóide (corpo em forma de pêra), é mais comum entre as mulheres, é caracterizada pela deposição de gordura nas nádegas e coxas, portanto possuem a tendência de ter mais problemas estéticos. A andróide (corpo em forma de maça), a gordura se localiza preferencialmente na região abdominal.


Não só mulheres obesas apresentam alterações na harmonia corporal. Mulheres com o peso normal podem apresentar uma proporção maior de gordura, o que associado aos hormônios feminino, problemas de circulação e outros fatores, acaba acarretando em problemas de fins estético.


Saúde e beleza deve ser um conjunto. Alimentação saudável e exercício físico é a base para quem deseja estar em forma e também um requisito para a boa saúde. Associar alimentação e exercício é o primeiro passo para o sucesso do tratamento e também da prevenção. Reeducação alimentar é uma ação para a vida toda, e a peça chave para ter um perfil corporal bonito e livre de desarmonias corporais. Reservas exageradas de gordura só tendem a fazer mal a saúde e estética.


O diagnostico da Síndrome da Desarmonia Corporal deve ser realizado pelo estudo da composição corporal, e o seu tratamento especifico para cada problema. Entretanto, devemos lembrar que todos esses fatores aparecem com intensidades diferentes em cada indivíduo, no entanto, depois de já presente no corpo, os tratamentos devem ser iniciados rapidamente a fim de evitar sua progressão, onde muitas vezes, conduz a quadros irreversíveis.



Maria Eduarda Mascarenhas Waihrich
Nutricionista graduada pelo Centro Universitário Franciscano
Pós Graduanda em Nutrição Clínica e Estética pelo IPGS

quinta-feira, 18 de março de 2010

Como ajudar indivíduos a seguir orientações alimentares!


Os profissionais nutricionistas trabalham com mudanças alimentares a fim de atingir o sucesso nos tratamentos dietéticos. Educam seus clientes para ajudá-los a mudar seus comportamentos alimentares, porém não sabem, muitas vezes, como ajudar os pacientes a mudar. Pois, em primeiro lugar, a vontade de mudar deve ser do cliente e não somente do profissional.


Levam anos estudando e aprendendo sobre nutrição e sua importância na saúde, na doença e ao tratar um paciente, crêem que educar é a garantia de adesão ao tratamento dietético. Deveremos lembrar sempre que a informação nutricional é a mesma e comum a todos os indivíduos, mas as pessoas são diferentes e com problemas pertinentes às suas realidade e culturas.

Então, como ajudar os indivíduos a seguir as orientações alimentares?

Um modo de melhorar a adesão às orientações é escutar os pacientes mais efetivamente. Erra-se quando dizem a eles como mudar sem ter suas contribuições para tal. Deve-se apoiar os indivíduos em sua jornada de mudança usando o conhecimento sobre os alimentos. Uma pessoa que muda seu comportamento tem um bom ouvinte para entender seus problemas.


Outra questão é perceber que as mudanças não ocorrem do dia para a noite, leva tempo. Os progressos ocorrem em pequenos passos e por várias ocasiões ocorrerão períodos de retrocesso, isto facilita entender o fato de que os planos alimentares nem sempre são seguidos com exatidão.


Em suma, apoiar e valorizar o cliente em cada passo de mudança realizado com sucesso é compreender que na jornada da mudança nutricional, a escuta reflexiva e habilidosa esclarece e amplia a experiência e o significado próprio do cliente. Assim teremos o objetivo pretendido por ambos, a melhora e eficiência na escolha dos hábitos alimentares, para assim atingir melhor qualidade de vida.

Sandra Beatris de Oliveira Tomasini
Nutricionista
Pós graduanda em Nutrição Clínica e Estética pelo IPGS

quinta-feira, 4 de março de 2010

Acne e Alimentação: Existe relação?

A acne é uma condição crônica da pele. Ela aparece na forma de espinhas, cravos ou cistos localizados na maioria das vezes no rosto, costas, peito e ombros.

A pele é formada por várias camadas de células, pêlos, poros (microscópica abertura por onde saem os pêlos) glândulas sebáceas e glândulas de suor. Cada pêlo possui uma glândula sebácea associada. Esta glândula secreta óleo (sebo) para manter a lubrificação dos pêlos e da pele.

A acne ocorre quando os poros se entopem de células mortas e óleo. Este entupimento gera inflamação, vermelhidão, inchaço e sensibilidade na área da pele onde o poro está entupido.

A relação entre a dieta e a acne tem sido considerada um mito e estudos têm sido realizados. Os mais recentes mostram que uma dieta com mudanças simples podem reduzir a acne em até 50% no período de 12 semanas.

Estas mudanças incluem a ingestão de proteínas magras (peixe e peito de frango sem pele, por exemplo) e alimentos com baixo índice glicêmico como por exemplo pão integral, arroz e feijão. Estas ações fazem também com que os níveis de insulina seja reduzidos o que ajuda a controlar o desequilíbrio hormonal associado com a acne.

Ainda se fazem necessários estudos mais aprofundados que tratem da relação entre dieta e acne. Nunca esquecendo que toda e qualquer dieta deve ter o acompanhamento de um Nutricionista.



Ester Zanotelli
Nutricionista - CRN2 6659p
Nutricionista graduada pelo Centro Universitário Metodista do IPA e pós graduanda em Nutrição Clínica e Estética pelo IPGS

Visualização da Imagem Corporal

A imagem corporal é a figuração do próprio corpo formada e estruturada na mente, ou seja, é a representação mental do próprio corpo, envolvendo a percepção e satisfação da aparência física. A IC acompanha o individuo durante toda a sua vida, sofrendo adaptações e transformações globais de acordo com o momento vivido.

É cada vez maior o número de pessoas, principalmente mulheres, que possuem um alto grau de exigência com relação ao corpo, apresentando baixa auto-estima. É como se cada pequena imperfeição fosse ampliada e se tornassem grandes defeitos, gerando um círculo vicioso de auto-depreciação e insatisfação consigo. Se um indivíduo possui uma grande auto-estima, tende a se ver de forma mais idealizada.


Quando uma pessoa mostra uma discrepância entre o que ela acredita ser (em termos de imagem corporal) e o que ela realmente é, essa pessoa apresenta distúrbio da imagem corporal. Há evidencias de que a mídia promove distúrbios da imagem corporal e alimentar.


Atrizes, modelos e outros ícones femininos vem se tornando cada vez mais magras ao longo dos anos, o que acaba incentivando ainda mais o culto a magreza, além de pressionar indivíduos com transtornos alimentares a serem cada vez mais magros.

No mundo social percebe-se a idolatria por um modelo de beleza correspondente a um corpo magro e a discriminação por indivíduos não atraentes, que estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que variam do não-responsivo ao rejeitador, causando um desencorajamento no desenvolvimento de habilidades sociais e de um autoconceito favorável.


Contudo esse modelo de beleza imposto pela sociedade não considera aspectos relacionados com a saúde e as diferentes constituições físicas da população, acarretando em um número cada vez maior de mulheres que se submetem a dietas rigorosas, excesso de exercícios e uso abusivo de laxantes, diuréticos e drogas anorexígenas.


Cintia Koch Poletto
Nutricionista
Pós Graduanda em Nutrição Clínica e Estética pelo IPGS

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Imagem Corporal

A imagem corporal (IC) é uma construção multidimensional através da qual são amplamente descritas as representações da estrutura corporal e da aparência física, em relação a nós mesmos e aos outros. Vários fatores podem influenciar o processo de formação da IC, dentre eles o sexo, a idade, os meios de comunicação, além da relação do corpo com os processos cognitivos como crença, valores e atitudes inseridos em uma cultura. As normas socioculturais tem perpetuado o estereótipo da associação entre magreza e atributos positivos, principalmente entre as mulheres.

A mídia, a família e os amigos condicionam os indivíduos a se exercitar, a cuidar de seus corpos, o que os direciona a desejos, hábitos, cuidados e descontentamentos com a aparência visual do corpo. A decisão em exercitar-se é, em parte, motivada pela percepção da forma do seu corpo.

A partir do pressuposto que quanto maior a renda familiar maior o acesso das pessoas à informação e à mídia e de que há um padrão de beleza imposto na sociedade tem-se a hipótese de que a IC atual e a satisfação com essa IC devem variar entre mulheres de classe econômica diferentes.

Toda mudança reconhecível, entra na consciência comparando-se com situações já vivenciadas, realizando assim uma avaliação da nova situação que gera uma mudança na IC.

A IC jamais está totalmente fechada e completa, uma vez que é resultante de memórias e também de percepções presentes, sendo, portanto, uma estrutura dinâmica. Por estar em permanente aquisição e mudança é preciso o trabalho do ser humano no sentido de construí-la e elaborá-la continuamente. No decorrer da história, as culturas tendem a estigmatizar traços ou comportamentos que sejam considerados negativos ou desviantes. A percepção do tamanho corporal, sob este ponto de vista, vem sendo associada a fortes valores culturais.

O culto à magreza está diretamente associado à imagem de poder, beleza e mobilidade social, gerando um quadro contraditório e confuso, tendo em vista que, através da mídia escrita e televisiva, a indústria de alimentos vende gordura, com o apelo aos alimentos hipercalóricos, enquanto a sociedade cobra magreza.

Esta exigência da sociedade em relação à beleza é mais forte no universo feminino, enquanto que no universo masculino o desvio com relação ao padrão de beleza está vinculado à falta de tempo, em função do ritmo atribulado davida profissional, para as mulheres, não cultivar a beleza é falta de vaidade – um qualitativo depreciativo da moral.

Se, por um aspecto da sociedade, tem-se o culto à magreza como padrão estético, por outro lado o tratamento que esta sociedade dá aos obesos é merecedor de destaque.


Através disso, entende-se que uma dieta balanceada, com quantidade e qualidade, supervisionada por um nutricionista, possa garantir um peso adequado e uma vida saudável.


MARIA FRANCISCA A. BRANCO VIEIRA
CRN2 7040
Nutricionista formada pela Universidade da Região da Campanha – URCAMP em Bagé
Pós graduanda em Nutrição Clínica e Estética pelo IPGS
Atua como nutricionista na Prefeitura Municipal de Canguçu desde 2006- RS