terça-feira, 3 de novembro de 2009

TABAGISMO E O ENVELHECIMENTO PRECOCE DA PELE


Cerca de 1,2 bilhões de pessoas são fumantes sendo que 1 em cada 10 poderá morrer em conseqüência deste ato, sendo uma grande parcela pessoas jovens com menos de 20 anos de idade. A grande maioria, 75% das mortes envolvendo câncer de pulmão e doenças obstrutivas crônicas são diretamente ligadas ao tabagismo.


O tabaco também é responsável por alterações que ocorrem na PELE, sendo a nicotina entre as 4000 substâncias tóxicas, o principal composto da fumaça que provoca uma série de alterações no organismo entre eles a vasoconstrição que causa uma diminuição do fluxo sanguíneo, através da estimulação da vasopressina (hormônio vasoconstritor) e por atuar no sistema nervoso simpático. Estes fatores causam hipóxia tissular significativa, sendo que 1 cigarro determina vasoconstrição por mais de 90 minutos. A isquemia crônica dos tecidos gera lesão das fibras elásticas e diminuição da síntese do colágeno.


O efeito na pele do hábito de fumar começa a ficar mais evidente a partir dos 40 anos. Estudo realizado na população brasileira demonstra que se uma pessoa fuma 20 cigarros por dia, a sua pele pode envelhecer 10 anos.


Sem dúvida o avanço da idade induz a uma progressiva alteração no nosso organismo, porém as alterações causadas pelo tabagismo sobre a pele ficaram evidentes em estudos, assim como a exposição ao sol. Com o uso do tabaco sugere haver uma perda de balanço entre a biossíntese e degradação da derme que leva a uma perda de colágeno e fibras elásticas, manifestadas clinicamente pela aparência de pele envelhecida.


Os efeitos tóxicos do tabaco estão associados com dano vascular periférico que pode causar envelhecimento facial prematuro e uma coloração opaca, observada em pacientes tabáquicos. A diminuição do fluxo sanguíneo para derme causa menor concentração tissular de Oxigênio provocando uma síntese alterada de colágeno e alterações de cicatrização de feridas.

Estudos mostram relação entre pele pálida, cinzenta e enrugada com tabagismo sendo mais evidentes nos fumantes de cor branca que comumente apresentam mais sinais de envelhecimento do que aquele que não é branco, o que pode ser explicado pela proteção solar natural deste individua. Assim como a cor, a idade também é fator independente de envelhecimento de pele.

“Parte da população fumante de um estudo comprova crer que a maioria dos fumantes consideraria importante a associação do tabaco com o envelhecimento precoce da pele no momento de decidir parar de fumar.”


Marinez Martin Solon de Pontes
Educadora Física e Estudante de Nutrição
Pós Graduanda em Nutrição Clínica e Estética