segunda-feira, 25 de maio de 2009

Entendendo o Índice Glicêmico

O índice glicêmico é um indicador que diferencia os carboidratos, e está relacionado com a glicemia (nível de açúcar no sangue), e é classificado a partir de sua resposta glicêmica, ou seja, capacidade que o carboidrato contido em um alimento tem em aumentar e/ou influenciar na glicose sanguínea.


A velocidade em que os carboidratos entram na corrente sanguínea difere, dependendo de sua qualidade. Os alimentos com alto índice glicêmico aumentam a glicose sanguínea rapidamente e são considerados uma fonte de energia imediata e por pouco tempo, tendem a estimular o apetite e promover o balanço energético positivo.

Os alimentos com baixo índice glicêmico atuam aumentando a glicemia lentamente e são fontes de energia gradual e por longo tempo, ou seja, são digeridos mais lentamente.
A classificação dos valores do índice glicêmico é baseada em um alimento-controle, geralmente glicose ou pão branco. É expressa de 1 a 100 e são considerados alimentos com baixo índice glicêmico aqueles que apresentam o valor abaixo de 55, com índice glicêmico moderado, entre 55 e 69, e com alto índice glicêmico, a partir de 70.


Algumas pesquisas indicam a possibilidade de que os alimentos com baixo índice glicêmico podem beneficiar a perda de peso corpóreo, contribuindo para o tratamento da obesidade. Atuando através de duas maneiras, agindo sobre a saciedade, pois são absorvidos lentamente, e assim regulam a ingestão energética diária. E por promoção da oxidação lipídica, auxiliando na diminuição dos níveis de gordura corporal. Além disso, os alimentos de baixo índice glicêmico podem elevar o do nível de HDL (colesterol bom), aumentar o desempenho físico e controlar a glicemia.

Abaixo, exemplos de alguns alimentos:

Baixo índice glicêmico – leite de soja (43), aveia (43), farelo de trigo (27), leite integral (39), maçã (54), pêra (53), lentilha (36).

Moderado índice glicêmico – pêssego (60), laranja (63), macarrão (64), uva (66).

Alto índice glicêmico – bolo comum (98), pão de trigo (99), sorvete (87), banana (77), manga (80), beterraba (91), batata assada (121), mel (83).

Deve-se considerar que vários fatores podem interferir na resposta glicêmica, como a quantidade e natureza do carboidrato; composição de lipídios, fibras e proteína e o cozimento e processamento do alimento.

Faz-se necessário mais estudos, com um tempo de aplicação maior, que comprovem a eficácia da utilização deste parâmetro. Sua utilização deve ser com critério, aliado a outros métodos nutricionais, de acordo com o objetivo dietoterápico.

Laura Souto Fonseca

Nutricionista CRN2 6505P

Nutricionista graduada pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA – SM/RS), Pós-graduanda em Nutrição Clínica e Estética pelo IPGS.