Alguns estudos epidemiológicos demonstram que cerca de 80% da população feminina apresentam sintomas emocionais, cognitivos e físicos relacionados ao seu ciclo menstrual e que de 3 a 11%%, os apresentam de maneira severa, havendo prejuízos sociais, familiares ou profissionais.
Desde 1938 tem sido reconhecida a existência de mudanças cíclicas no peso corporal e no metabolismo de água e eletrólitos no curso do ciclo menstrual. Estudos referem um aumento de até 2,25kg após a ovulação, provavelmente causado pelo aumento da ingestão energética devido à elevação do apetite provocado pela oscilação hormonal.
Quando estas mudanças tornam-se desconfortáveis, a ponto de interferir de forma importante no estilo de vida, diz-se que elas têm SPM (Síndrome pré-menstrual). Ela caracteriza-se por sensibilidade no seio, constipação ou diarréia, retenção hídrica com ganho de peso, alterações de humor, mudanças no apetite e no comportamento alimentar (compulsão alimentar), acne.
O ciclo menstrual não influencia apenas o apetite e tamanho das refeições. A literatura também relata mudanças em tipos de macronutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras) ingeridas assim como na seleção de alimentos. Alguns pesquisadores observaram um aumento no consumo de carboidratos e de lipídios. Uma das compulsões mais relatadas é aquela por chocolate, parecendo estar ligada à composição gordura e açúcar, a textura e ao aroma deste alimento.
Em geral, recomenda-se:
- Eliminar açúcar, sal, cafeína e álcool, carne vermelha e outros alimentos gordurosos;
- Comer de 4-6 refeições por dia e não pular refeições;
- Ingerir maior quantidade de líquidos;
- Praticar 20-30 minutos de exercício físico três vezes por semana;
- Utilizar técnicas de relaxamento (ioga, meditação);
- Repousar no período mais agudo;
- Não planejar atividades estressantes para essa fase.
- Comer de 4-6 refeições por dia e não pular refeições;
- Ingerir maior quantidade de líquidos;
- Praticar 20-30 minutos de exercício físico três vezes por semana;
- Utilizar técnicas de relaxamento (ioga, meditação);
- Repousar no período mais agudo;
- Não planejar atividades estressantes para essa fase.
Consulte um nutricionista que ele saberá como melhor adaptar a sua dieta com suas necessidades. Nenhuma orientação substitui uma consulta clínica individualizada.
JEANINE SAUERESSIG
Nutricionista graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e pós graduanda em Nutrição Clínica e Estética.