quinta-feira, 4 de março de 2010

Acne e Alimentação: Existe relação?

A acne é uma condição crônica da pele. Ela aparece na forma de espinhas, cravos ou cistos localizados na maioria das vezes no rosto, costas, peito e ombros.

A pele é formada por várias camadas de células, pêlos, poros (microscópica abertura por onde saem os pêlos) glândulas sebáceas e glândulas de suor. Cada pêlo possui uma glândula sebácea associada. Esta glândula secreta óleo (sebo) para manter a lubrificação dos pêlos e da pele.

A acne ocorre quando os poros se entopem de células mortas e óleo. Este entupimento gera inflamação, vermelhidão, inchaço e sensibilidade na área da pele onde o poro está entupido.

A relação entre a dieta e a acne tem sido considerada um mito e estudos têm sido realizados. Os mais recentes mostram que uma dieta com mudanças simples podem reduzir a acne em até 50% no período de 12 semanas.

Estas mudanças incluem a ingestão de proteínas magras (peixe e peito de frango sem pele, por exemplo) e alimentos com baixo índice glicêmico como por exemplo pão integral, arroz e feijão. Estas ações fazem também com que os níveis de insulina seja reduzidos o que ajuda a controlar o desequilíbrio hormonal associado com a acne.

Ainda se fazem necessários estudos mais aprofundados que tratem da relação entre dieta e acne. Nunca esquecendo que toda e qualquer dieta deve ter o acompanhamento de um Nutricionista.



Ester Zanotelli
Nutricionista - CRN2 6659p
Nutricionista graduada pelo Centro Universitário Metodista do IPA e pós graduanda em Nutrição Clínica e Estética pelo IPGS

Visualização da Imagem Corporal

A imagem corporal é a figuração do próprio corpo formada e estruturada na mente, ou seja, é a representação mental do próprio corpo, envolvendo a percepção e satisfação da aparência física. A IC acompanha o individuo durante toda a sua vida, sofrendo adaptações e transformações globais de acordo com o momento vivido.

É cada vez maior o número de pessoas, principalmente mulheres, que possuem um alto grau de exigência com relação ao corpo, apresentando baixa auto-estima. É como se cada pequena imperfeição fosse ampliada e se tornassem grandes defeitos, gerando um círculo vicioso de auto-depreciação e insatisfação consigo. Se um indivíduo possui uma grande auto-estima, tende a se ver de forma mais idealizada.


Quando uma pessoa mostra uma discrepância entre o que ela acredita ser (em termos de imagem corporal) e o que ela realmente é, essa pessoa apresenta distúrbio da imagem corporal. Há evidencias de que a mídia promove distúrbios da imagem corporal e alimentar.


Atrizes, modelos e outros ícones femininos vem se tornando cada vez mais magras ao longo dos anos, o que acaba incentivando ainda mais o culto a magreza, além de pressionar indivíduos com transtornos alimentares a serem cada vez mais magros.

No mundo social percebe-se a idolatria por um modelo de beleza correspondente a um corpo magro e a discriminação por indivíduos não atraentes, que estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que variam do não-responsivo ao rejeitador, causando um desencorajamento no desenvolvimento de habilidades sociais e de um autoconceito favorável.


Contudo esse modelo de beleza imposto pela sociedade não considera aspectos relacionados com a saúde e as diferentes constituições físicas da população, acarretando em um número cada vez maior de mulheres que se submetem a dietas rigorosas, excesso de exercícios e uso abusivo de laxantes, diuréticos e drogas anorexígenas.


Cintia Koch Poletto
Nutricionista
Pós Graduanda em Nutrição Clínica e Estética pelo IPGS